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17 de dezembro de 2011

Governo Federal lança pesquisa sobre povos e comunidades tradicionais deterreiros

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Governo Federal lança pesquisa sobre povos e comunidades tradicionais dterreiros

Livro foi lançado durante a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador. A pesquisa identificou 4.045 casas de terreiro. O maior percentual se encontra em Porto Alegre (1.342 casas), seguida de Recife (1.261) e de Belém (1.089). O menor número está em Belo Horizonte (353 casas)
Ana Nascimento/MDS
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Povos e comunidades tradicionais de terreiro no lançamento do livro “Alimento: direito sagrado”, durante a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
Salvador, 9 – Com muito axé (força) e o grito do povo de terreiro, o Ministério do Desenvolvimento Social eCombate à Fome (MDS), a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Fundação Cultural Palmares lançaram, durante a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar eNutricional, em Salvador, nesta terça-feira (8), a pesquisa socioeconômica e cultural de povos e comunidades tradicionais de terreiros. Com o título “Alimento: direito sagrado”, a publicação é resultado de um trabalho decinco meses nas regiões metropolitanas de Recife, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre.


As comunidades de terreiro são territórios de preservação e culto das religiões de matriz africana, afro-brasileira e afro-indígena. Para Mãe Nalva, coordenadora da pesquisa em Belém e conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), “este livro veio mostrar que somos muitos – antes éramos invisíveis – e quais as nossas necessidades. Agora é esperar que as políticas públicas cheguem a nós”.


Marcelo Vilarino, representante da organização não governamental Associação Filmes de Quintal, que, por meio de licitação pública, fez a pesquisa, explicitou o avanço que esse trabalho proporcionará: “Obteessas informações significa dialogar com o Estado e ter acesso às políticas públicas”.


Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, avaliou que o livro é um presente de identidade cultural. “É um diagnóstico que tem peso para tantas pessoas”. Ivonete Carvalho, secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, afirmou a necessidade de conheceesses povos: “As comunidades de terreiro estão no País de norte a sul”.


Dados da pesquisa – A pesquisa identificou 4.045 casas de terreiro, sendo que o maior percentual se encontra em Porto Alegre (1.342 casas), seguida de Recife (1.261) e de Belém (1.089). O menor número está em Belo Horizonte (353 casas).


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Foi confirmado o importante papel das casas de religião afro-brasileira e afro-indígena na promoção da segurança alimentar. A maioria delas produz e distribui alimentos para adeptos e não adeptosDoextremamentepobres, 53,3% situam-se em áreas urbanas, e quanto ao fator sexo, verificou-se que há distribuição homogêneaentre homens e mulheres, exceto em áreas urbanas, onde há maior presença de mulheres.


No quesito cor/raça, os dados revelaram que a maioria dessas pessoas são pardas ou pretas (70,8%). Quanto ao perfil das lideranças, a maioria é formada por mulheres negras com baixa escolaridade e renda mensal não superior a dois salários mínimos. São poucos os terreiros que têm autoprodução de alimentos (14%) ou criação de animais (14%). As cestas de alimentos do Governo Federal cumprem importante papel na disponibilidade decomida (26,5%). Constatou-se que 85% dos terreiros possuem cozinha, e mesmo os que não têm produzeem casa seus alimentos (92,8%).


A pesquisa indicou a necessidade de o poder público, seja federal, estadual ou municipal, trabalhar com açõesestruturantes junto aos terreiros e as comunidadedo entorno em que se situam. Enquanto espaços deacolhimento, os terreiros podem ser vistos como facilitadores de ações de assistência social, saúde e segurança alimentar e nutricional de responsabilidade do Estado. São também espaços de promoção social e inclusão produtiva, potenciais lugarepara a identificação de demandas por formação e capacitação da comunidade.


A sustentabilidade dessas culturas e a segurança alimentar e nutricional dessas comunidadeestão relacionadas à produção de alimentos por meio dehortas comunitárias, quintais produtivos e agricultura urbana, conforme identificado pela pesquisa, que constatou a importância dos saberes tradicionais femininos. Junto à diversidade étnica e religiosa, eles precisam ser respeitadoe trabalhadodo ponto de vista de políticas culturais eeducacionais.


A pesquisa pode ser acessada no Portal do MDS: www.mds.gov.br/sesan/terreiros


Ouça o boletim de rádio: Governo lança livro sobre pesquisa socioeconômica em comunidades de terreiro


Adriana Scorza
Ascom/MDS
(61) 3433-1052
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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